Cria da zona norte de São Paulo, Emicida começou a sua trajetória musical nas batalhas de freestyle da capital paulista.
O talento logo o tornou um nome conhecido e em 2009 veio a primeira mixtape, “Pra Quem Já Mordeu um Cachorro por Comida Até que eu Cheguei Longe”. Prensado em esquema caseiro e comercializado a R$ 2, o trabalho vendeu em poucos meses mais de 10 mil cópias.
Assim, fez o nome do MC correr o Brasil e marcou o nascimento da Laboratório Fantasma, selo musical que comanda até hoje ao lado do irmão Evandro Fióti e que se tornou referência no mercado da música independente.
Em 2010 colocou nas ruas outras duas mixtapes – “Sua Mina Ouve Meu Rep Tamem” e “Emicídio”.
No ano seguinte veio a primeira turnê internacional, com um convite para se apresentar no festival Coachella, na Califórnia, e mais um trabalho, o EP “Doozicabraba e a Revolução Silenciosa”, idealizado com os produtores K-Salaam e Beatnick.
De volta ao Brasil, levou dois prêmios VMB - melhor videoclipe, com “Então Toma”, e Artista do Ano – e melhor CD de música popular pelo Prêmio Bravo de Cultura.
Em 2012 embarcou para sua primeira turnê pela Europa. No Brasil, mais um prêmio: “Melhor Música” no VMB 2012, com “Dedo na Ferida”, além de uma indicação no EMA (Europe Music Awards). Também virou notícia ao ser convidado para fazer a trilha do jogo de videogame Max Payne 3.
O ano de 2013 foi marcado pelo lançamento de seu primeiro álbum de estúdio, “O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui”. Sucesso entre a crítica e o público, rendeu shows lotados de Norte a Sul e marcou presença nas principais listas de melhores do ano. Foi considerado o disco de 2013 pela revista Rolling Stone e recebeu mais uma indicação ao EMA.
Como intérprete, Emicida levou ainda o prêmio da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), e seu show foi escolhido o melhor do ano pelo Guia da Folha. Encerrou o ano tendo a chance de cantar, ao lado de Alcione, no evento que marcou o sorteio dos jogos da Copa, transmitido para todo o mundo.
Em 2014, eleito pela revista Forbes um dos 30 brasileiros de destaque com menos de 30 anos, o rapper rodou o mundo com a turnê do “Glorioso”. Encerrou o ano fazendo shows com um projeto especial em que releu Cartola.
O início de 2015 foi dedicado às pesquisas para o que viria a ser o disco “Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa”.
Gravado em Cabo Verde e Angola e inspirado na África, o novo álbum conta com instrumentistas locais e participações de Vanessa da Mata (“Passarinhos”) e Caetano Veloso (“Baiana”).
Descortinando a questão do racismo no Brasil, o clipe de “Boa Esperança” foi o primeiro do novo trabalho a ser lançado e levou o prêmio de vídeo do ano no Prêmio Multishow.
Enquanto roda o Brasil e se prepara para mostrar o novo show em terras europeias, celebra sua terceira indicação ao EMA.