quinta-feira, 1 de novembro de 2012

IX Marcha da Consciência Negra

No dia 20 de novembro, uma terça-feira, feriado na cidade de São Paulo, estaremos nas ruas realizando a IX Marcha da Consciência Negra.
Esta marcha vem sendo realizada desde o ano de 2003, no dia Nacional da Consciência Negra, data dedicada ao líder negro Zumbi dos Palmares.
Zumbi foi o principal líder do Quilombo dos Palmares, um símbolo da resistência e de luta contra a escravidão.
O Quilombo dos Palmares começou a ser construído no ano de 1597, nas terras da Serra da Barriga, no atual Estado de Alagoas. Em pouco tempo tornou-se uma referência da resistência e de luta de homens e mulheres contra a escravidão e em busca da liberdade.
Até que em 1695, quase cem anos depois do início de sua construção, uma expedição comandada por Domingos Jorge Velho destruiu o Quilombo e no dia 20 de Novembro assassinou Zumbi.
Em 1995, depois de 300 anos de seu assassinato, Zumbi dos Palmares foi oficialmente reconhecido pelo governo brasileiro como herói nacional e o Quilombo de Palmares consagrado como um importante exemplo de luta e organização da História do Brasil.
No ano de 2006, o dia 20 de Novembro se tornou feriado na cidade de São Paulo, através da Lei 13.707/2004. Feriado que acontece em muitas cidades do nosso país. O movimento negro tem se empenhado para que esta data, o Dia Nacional da Consciência Negra, seja um Feriado Nacional. O 20 de Novembro, Dia Nacional da Consciência Negra
Em 1978, o 20 de Novembro foi elevado a Dia da Consciência Negra a partir da fundação do Movimento
Negro Unificado contra a Discriminação Racial (MNUCDR).
A IX Marcha da Consciência Negra: Cotas é pra valer!
A lei reserva 50% das vagas nas universidades federais para alunos de escolas públicas e estudantes negros e indígenas, de acordo com a presença desses segmentos em cada Estado da Federação, segundo o censo do IBGE de 2010.
Os opositores das cotas raciais, como sempre o fizeram não deixaram de manifestar seus incomôdos com essas medidas, logo após a publicação da lei. Mais incomodados ficaram diante do anúncio do lançamento, pelo governo federal, de um conjunto de políticas de ações afirmativas, entre outras a inclusão de cotas para negros e indígenas no funcionalismo público federal.
Em São Paulo, embora no Brasil cerca de cem universidades públicas estaduais e federais tenham aderido à políticas de cotas antes da aprovação da lei, a Universidade de São Paulo (USP), insiste em não aderir a política de cotas, Recentemente o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo cancelou uma audiência que seria realizada com o objetivo de realizar o debate sobre a adoção de cotas raciais na USP.
O mesmo procedimento, a não adesão às cotas, é acompanhado por outras universidades como a UNICAMP e a UNESP.
Para fazer frente a essa realidade um conjunto de entidades do movimento negro e estudantil estão organizadas na Frente Estadual de Lutas pela Aprovação das Cotas e um projeto de lei (321/2012) que institui o sistema de cotas para ingresso nas universidades
públicas e nas faculdades de tecnologias do Estado de São Paulo (FATECs) está em tramitação na Assembléia Legislativa (ALESP), com o apoio significativo apoio de parlamentares que concordam com essas medidas.
Isso torna necessário que continuemos nos mobilizando e que na IX Marcha da Consciência Negra, na ruas afirmemos que a lei de Cotas é pra valer e tem que ser implementada no Estado de São Paulo.

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